MATÉRIA 22/04 QUARTA-FEIRA - MATÉRIA 003 / DE: FRANCINE SANTOS
Cara ou corou, essa é a nossa definição de sorte ou azar, um
simples lançar da moeda para saber quem será o escolhido. Assim é a obra “Almas
Seladas” do autor Marcelo Pontes, que transformou essa simples ideia em uma
aventura arrepiante através do sobrenatural.
Rogério, chefe do departamento do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara) é uma das mentes brilhantes que, junto a outros pesquisadores espalhados pelo mundo, resolvem criar um programa que gera números aleatórios. O projeto de pesquisa é um sucesso, seus programas são baixados pela internet e em poucos meses, milhares de computadores executavam sua função: gerar números aleatórios. Os dados foram colhidos e para surpresa de todos, havia uma anormalidade, um mesmo sorteio era repetido milhares de vezes. Essas aberrações poderiam ser comparadas ao lançar de uma moeda: era como se a cara ou coroa de uma moeda em sorteio repetisse milhares de vezes o mesmo resultado. As aberrações estatísticas, assim foram denominadas essas anomalias, ocorriam em períodos, o que intrigava os cientistas. Rogério tabulou os dados com as datas dos eventos tentando assim encontrar um padrão, mas pareciam apenas resultados aleatórios. Entretanto, no dia 11 de setembro de 2001, para sua surpresa, ocorreu uma grande variação. Um frio subiu através de sua espinha. Conferindo os dados do passado e uma rápida consulta na internet constatou que as aberrações ocorriam no mesmo período que grandes catástrofes no mundo. Nesse momento confirmou suas pesquisas do passado e, seu entendimento sobre o que é sorte e azar, seria atualizado por um novo conceito assombroso.
Rogério, chefe do departamento do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara) é uma das mentes brilhantes que, junto a outros pesquisadores espalhados pelo mundo, resolvem criar um programa que gera números aleatórios. O projeto de pesquisa é um sucesso, seus programas são baixados pela internet e em poucos meses, milhares de computadores executavam sua função: gerar números aleatórios. Os dados foram colhidos e para surpresa de todos, havia uma anormalidade, um mesmo sorteio era repetido milhares de vezes. Essas aberrações poderiam ser comparadas ao lançar de uma moeda: era como se a cara ou coroa de uma moeda em sorteio repetisse milhares de vezes o mesmo resultado. As aberrações estatísticas, assim foram denominadas essas anomalias, ocorriam em períodos, o que intrigava os cientistas. Rogério tabulou os dados com as datas dos eventos tentando assim encontrar um padrão, mas pareciam apenas resultados aleatórios. Entretanto, no dia 11 de setembro de 2001, para sua surpresa, ocorreu uma grande variação. Um frio subiu através de sua espinha. Conferindo os dados do passado e uma rápida consulta na internet constatou que as aberrações ocorriam no mesmo período que grandes catástrofes no mundo. Nesse momento confirmou suas pesquisas do passado e, seu entendimento sobre o que é sorte e azar, seria atualizado por um novo conceito assombroso.
Entre as mentes brilhantes de cientista há um misterioso
homem, Olavo Hermes, responsável por patrocinar o “Oráculo de Delfos” uma
organização com intuito de descobrir os segredos por traz dos Algoritmos
Sagrados. Rogério trabalha para Olavo, seu objetivo: encontrar as peças do
jogo, as almas que correspondiam à cara e coroa destas possibilidades, a
tristeza e a felicidade, a dor e o regozijo.
A busca teve seu início no ano de 1992, em uma das mais bizarras descobertas do “Oráculo de Delfos”. O tempo decorria, e o destino do mundo poderia mudar, eles sabiam que encontrar as peças era fundamental, pois nunca na história elas haviam nascidas em períodos próximos, muito menos no mesmo dia: 29 de fevereiro. Entretanto, eles não imaginavam que as forças ocultas tentariam impedir seus progressos de forma tão brutal. A morte espreitava, e de forma silenciosa, os Algoritmos Sagrados eram executados.
A busca teve seu início no ano de 1992, em uma das mais bizarras descobertas do “Oráculo de Delfos”. O tempo decorria, e o destino do mundo poderia mudar, eles sabiam que encontrar as peças era fundamental, pois nunca na história elas haviam nascidas em períodos próximos, muito menos no mesmo dia: 29 de fevereiro. Entretanto, eles não imaginavam que as forças ocultas tentariam impedir seus progressos de forma tão brutal. A morte espreitava, e de forma silenciosa, os Algoritmos Sagrados eram executados.
Os protagonistas desta intensa história continuarão buscando
seu final feliz. A dor será intensa, mistérios em um mundo caótico serão
revelados e por fim, assim como é a vida, o destino será incógnito.
Marcelo Pontes criou um universo único e místico em sua
obra. Acompanhando a saga e, tendo a exclusividade de ler os três volumes de
cinco, posso dizer que a saga promete. A leitura é agradável e, a cada
capítulo, você se vê cada vez mais presa a história. O mais interessante na
obra é que, apesar da carga sobrenatural, o autor remete o leitor ao panorama
físico, tangível a realidade histórica do Brasil. Na trama, o leitor muitas
vezes não saberá distinguir ficção e realidade e, os eventos descritos no
decorrer da história, terão uma íntima ligação com um universo desconhecido.
Recomendo a Saga Algoritmos Sagrados, uma história
intrigante que, talvez o único defeito, é deixa-lo viciado, desesperada para
ler o próximo livro.
Leandro Braga
Prefácio
Quando estamos às ruas,
avistamos inúmeras pessoas e, surpreendentemente, poucas vezes paramos para
pensar: O que rege a vida dessas pessoas ou, o que rege a nossa própria vida?
Na esquina, avistei um
mendigo que, com a pele em feridas, pedia esmola com o único propósito de
continuar existindo. Abri meu jornal enquanto esperava no ponto de ônibus. Em
negrito, identifiquei vários nomes, celebridades que estavam em destaque:
cantores, atores, apresentadores e políticos. Abaixei meus olhos e parei
refletindo: Quantos destes mereciam seu reconhecimento? Era uma pergunta
retórica, pois já sabia a resposta... Poucos. Lembrei-me de um nome, Vincent
Willem van Gogh, um dos grandes pintores pós-impressionista que fracassou em
tudo na vida. Incapaz de sustentar-se e formar uma família, o pobre homem veio
a suicidar em seu total estado de loucura. Hoje, por ironia do destino, suas
obras valem uma fortuna inestimada.
A dúvida permanecia:
Por que existe essa discrepância entre o pobre e o rico, o faminto e o saciado?
Alguns apontam para o
Karma, um termo usado por budistas, hinduístas e jainistas, mas que caiu na
boca do povo e hoje, é amplamente usado pelas culturas espíritas. Entretanto, o
termo me pareceu sarcástico, já que seria fácil apontar o sofrimento como forma
de castigo por você ter sido mau, seja nesta vida ou em qualquer outra
existência do passado.
Decidi ajudar o mendigo
e retirei uma moeda no valor de um real de minha carteira. Ao olhar fixo para o
relevo da face, com a cara da moeda voltada aos meus olhos, lembrei-me da
matéria de uma revista de ciências que instigou minhas humildes reflexões sobre
a vida. A fonte da pesquisa era recente e usava como base números aleatórios.
Para compreender melhor
o comportamento das probabilidades, cientistas criaram um programa engenhoso
que simulava o conceito. Distribuído pela internet, em pouco tempo, formou-se
uma grande rede de base de dados com a ajuda de milhares de computadores que
geravam números aleatórios. Os dados foram colhidos e notaram-se certas anormalidades:
era como se você, jogando a mesma moeda, tirasse cara ou coroa milhares de
vezes consecutivamente. Essas anormalidades foram definidas como aberrações
estatísticas. Ainda me lembro de que, naquele momento, meus olhos estavam
parados na matéria, mesmo sabendo que aquelas informações pouco valeriam à
minha vida, mas, na página seguinte, fui surpreendido com a avaliação dos
dados. O que parecia uma simples pesquisa, com o intuito de aplacar a
curiosidade do homem, acabou se tornando uma informação espantosa e
assustadora. Ao gerar os gráficos, percebeu-se que, quando ocorriam às
aberrações estatísticas, calamidades eram seguidas no mesmo período.
O termo probabilidade
vem do latim probare, que significa
provar ou testar. Está ligado diretamente ao provável, que descreve eventos
futuros e associa-se com palavras como: risco, sorte ou azar.
Com a moeda entre os
dedos lancei-a para o alto. A probabilidade pode ser compreendida apenas usando
uma única moeda, basta sorteá-la e você terá 50% de chance de dar cara e 50%,
coroa. A moeda caiu na palma de minha mão: deu cara. Lancei-a novamente,
sabendo que agora, usando a probabilidade, teria 100% de conseguir uma coroa.
Fui frustrado e novamente, saiu-me uma cara. Lancei-a consecutivamente e, por
dez vezes, a moeda revelou sua cara aos meus olhos.
Aquela coincidência me
perturbou.
Segui em direção ao
mendigo segurando a moeda na mão. Quando fui lhe entregar, parei e me peguei
olhando para ela. Alguns segundos passaram e fui advertido pelo mendigo que
continuava com a mão estendida. Eu guardei a moeda em meu bolso e lhe entreguei
uma nota de dez reais.
Assim que levantei meus
olhos, lembrei-me da última frase ao término daquela matéria...
“Essas ocorrências ainda perturbam alguns cientistas.”
Com a mão no bolso parei
refletindo:
– Mas, e se as moedas
pudessem ser pessoas?
Indagações perturbaram
meu espírito quando fui surpreendido por um velho curvado que arquejou e apoiou
sua mão enrugada em meu ombro. Ele me disse que revelaria o segredo dos
“Algoritmos Sagrados”.
M. L. Pontes.
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