MATÉRIA 28/04 TERçA-FEIRA - MATÉRIA 004 / DE: FRANCINE SANTOS
Do primeiro livro da saga Almas Seladas
Os restos maias da "Rainha Vermelha" – La reina Roja, achados na região arqueológica de Palenque há mais de duas décadas, continuam sendo um mistério para os especialistas mexicanos que desde então os investigam.
Os restos maias da "Rainha Vermelha" – La reina Roja, achados na região arqueológica de Palenque há mais de duas décadas, continuam sendo um mistério para os especialistas mexicanos que desde então os investigam.
Em 1º de junho de 1994 no quarto central do Templo XIII de
Palenque, no sulino estado de Chiapas, a jovem arqueóloga Fanny López Jiménez encontrou os restos de uma mulher maia. Ao lado estavam enterrados junto um menino e outra mulher, que provavelmente foram sacrificados.
A "Rainha Vermelha" foi mumificada com cinábrio,
mineral vermelho e pesado composto por mercúrio. Por não haver inscrição
hieróglifa, recebeu este nome devido à estranha pigmentação de seus restos
ósseos.
Fanny López destacou que a "Rainha Vermelha"
poderia ser "A Senhora Telaraña", um personagem misterioso, cuja
história não se encontra bem documentada, mas que poderia ter assumido o cargo
de governante, já que o marido da filha de Pakal, Kan Xul, foi capturado em
Tonina, localidade próxima, e assassinado neste local dez anos mais tarde, em
torno do ano 730 de nossa era.
Arnoldo González, que encabeçou junto com Fanny López a
descoberta do primeiro corpo feminino enterrado na Mesoamérica, acha que devem
ser feitos mais estudos para determinar a verdadeira identidade da mulher maia,
enterrada no Templo XIII, exatamente do lado do Templo das Inscrições, onde
repousou o rei Pakal até 1952.
Este último recinto foi fundamental para determinar como
eram os maias, que associavam a morte à ideia de ressurreição e de um caminho
para o "inframundo", ao qual os mortos, especialmente os de alta
linhagem, deveriam ter todo auxilio.
Mistérios
não resolvidos
A
identidade deste símbolo feminino continuará sendo um mistério, porém é quase
certo que esta mulher esteja de alguma forma, envolvida com a queda de
Palenque. Seu sepultamento poderia ter peças chaves para entender o que de fato
aconteceu naquela época - a máscara e o rubro dos ossos.
>As
máscaras tinham o propósito de ocultar a identidade na cultura Maia, já que
temiam que a força do mal reivindicasse os corpos. Com a rainha vermelha não
foi diferente, em seu rosto uma sinistra máscara de jade. O jade era um
material ritual e mágico mais valorizado do que o ouro para os Maias. Os reis
maias uma vez enterrados, as máscaras fúnebres cobriam o seu rosto e
depositavam em sua boca contas de jade e milho para saciar a fome no Mundo dos
Mortos. Mas o grande enigma continua, qual a importância desta mulher para que
seja a única a ser velada como reis?
A
cor rubra de seus ossos, provido pelo cinábrio é outro grande mistério. Os Maias
eram engenhosos e experientes artistas, praticamente eram capazes de reproduzir
todas as cores utilizando pigmentos naturais. Mas justamente, porque aquela
mulher recebeu tamanha atenção a ponto de ser reconhecida após séculos como a
"Rainha Vermelha"?
Muitos
mistérios pairam no ar, mas o escritor M. L. Pontes, dentro de um contexto
fictício, é claro, parece encontrar soluções plausíveis que enquadre uma
resposta para esses questionamentos. Símbolo Oculto, o terceiro livro da saga,
retornar para os questionamentos sobre a Rainha Vermelha do primeiro livro Almas Seladas, e revela uma nova
face do feminino e seu simbolismo de uma forma espantosa, nunca antes
questionadas.
Francine Santos
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